PROST
Perfórmance de Sabina Simon e Luiz Simoes para o evento UNTERGANGART - Atualizando a queda.
Kunsthalle Halle G -
Museumsquartier, Viena. Março 2012
Instauración de Sabina Simon y Luiz Simoes para la exposición PROPHETIA
Fundació Joan Miró, Barcelona. 12 marzo a 7 junio 2015
Ainda hoje fluindo atraves do universo, a onda de 160,2 GHz conhecida como Radiação Cósmica de Fundo é, supostamente, o eco do inicio de tudo.
Normalmente associamos a idéia de eco como pós-algo, mas dificilmente a concebemos como causa-de, como causa de um novo drama que evoque uma nova reverberação, produzindo, talvez, outro drama e assim sucessivamente.
Um universo em expansão, caminho a um novo colapso, é parte de uma "liberdade evolutiva" que talvez somente na queda encontre uma forma de renascer.
Durante uma vernissage as pessoas estão tomando taças de vinho (taça como metáfora de celebração, clímax, felicidade). No centro da sala, uma mesa de vidro com quatro auto-falantes de alta frequência nos cantos é pendurada por quatro cabos de aço. Um alto-falante, colocado cinco metros acima, reproduz em volume baixo o som agradável de uma taça de cristal ressoando. Este som harmônico torna-se gradualmente uma freqüência constante e seu volume começa a aumentar e incomodar os convidados. Neste ponto se ouve uma voz de alerta através do alto-falante.
Atenção por favor. Informamos que sua taça pode explodir em suas mãos a qualquer momento. Sugerimos que você a deixe sobre a mesa. Continuar segurando-a será por seu próprio risco. Ninguém assumirá qualquer responsabilidade sobre isso.
Com o aumento do volume, o som explode as taças próximas dos alto-falantes e as pessoas começam a deixar suas taças. A mesa, cheia de taças, começa entao a subir lentamente. A frequência e o volume aumentam gradualmente e a placa de vidro, não resistindo, se rompe criando uma enorme cascata de vidro e taças que cai de uma altura de cinco metros sobre uma placa de madeira negra coberta de resina de poiliester colocada na área de impacto. A resina, ainda em estado líquido, expande-se e ao solidificar-se, as peças de vidro tornam-se aderidas à superfície negra, como metáfora de um novo universo em expansão, contendo ordem e entropia.